Tabela de extração e exportação dos nutrientes na cultura do milho

7 ago, 2019
Redação Nutrição de Safras
- Tempo de Leitura: 3 minutos
Milho pronto para colheita

A busca por altas produtividades é uma demanda diária e crescente no meio agrícola brasileiro. Existem 52 fatores que interferem na planta e influenciam na produtividade (Tisdale et al, 1985). A nutrição é, sem dúvida, um dos principais fatores de produção de uma planta. Por isso, necessitamos proporcionar uma nutrição equilibrada e ajustada, levando em consideração a quantidade de nutrientes absorvidos pela cultura do milho e o correto uso destas informações.

tabela com os valores de extração e exportação de nutrientes para a cultura do milho no caso do milho grão
Fonte: Adpatado de Resende et al. (2019), Malavolta et al. (1997) e Resende et al. (2016).
Tabela com valores de extração e exportação de nutrientes para a cultura do milho nos casos de milho grão e milho silagem
Fonte: 1/Adapatado de Resende et al. (2019); Malavolta et al. (1997) e Duarte et al. (2017). 2/Adaptado de Resende et al. (2019); Malavolta et al. (1997) e Resende et al. (2016).

As tabelas acima representam a necessidade de nutrientes por tonelada de grão a ser produzida pela cultura do milho nos casos de milho grão e milho silagem. Tendo em vista a mudança brutal na genética nacional da cultura e nas metas de produtividade, nos chama a atenção a necessidade de atualização destas tabelas. Este fato é bastante debatido em Congressos e Simpósios Nacionais, porém há pouca sensibilidade do governo e de órgãos de pesquisa nacional e ainda somos obrigados a utilizar as tabelas, mesmo sabendo da mudança genética atual.  

A média extraída dos nutrientes da tabela acima leva em consideração o elemento e não a forma óxida que trabalhamos no fertilizante. Desta forma, há necessidade de transformação dos nutrientes antes de utilizá-los na fórmula do cálculo, como segue:

Os micronutrientes são calculados da mesma forma que constam nas tabelas, tanto no fertilizante, como no solo, consideramos o elemento.

Isto também se aplica ao Nitrogênio.

Baseado no cálculo da necessidade de adubação da planta, temos:

Onde a exigência da planta está ligada com a meta de produtividade (toneladas/ha), espécie vegetal, material genético, pesquisas agronômicas e boletins regionais.

nutriente fornecido  pelo sistema leva em consideração o teor do nutriente no solo, de acordo com o Sistema de Manejo adotado (Plantio Convencional x Plantio Direto na Palha), onde o aumento da matéria orgânica dos solos advindos do Sistema de Plantio Direto na Palha com o passar dos anos, tende a melhorar a disponibilidade dos nutrientes nos solos.

Isto irá influenciar o fator de eficiência do nutriente (f), que leva em consideração o teor e a disponibilidade do nutriente no solo e será influenciado pelo pH do solo (Malavolta, 1997), pela disponibilidade de água nas primeiras camadas do solo ( 0 a 60 cm) e pela matéria orgânica dos solos.

De acordo com Malavolta (1997), a eficiência dos nutrientes varia de:

  • N ≅ 50% a 70%
  • P2O5 ≅ 30% (solos pobres) a 60% (solos férteis)
  • K2O ≅ 60% a 80% 
  • CaO ≅ 50%
  • MgO ≅ 50%
  • SO4-2 ≅ 50%
  • Zn ≅ 50%
  • B ≅ 50%
  • Cu ≅ 50%
  • Mn ≅ 50%
  • Mo ≅ 50%

Caso o nutriente no solo não esteja no Nível Crítico, utilizar no cálculo acima a soma da Exportação do elemento. Desta forma, incrementamos seu teor com o passar dos anos até atingir o nível adequado no solo, trabalhando apenas com a manutenção da fertilidade, que será a reposição da quantidade exportada por tonelada da tabela acima. 

Lembrando que para os nutrientes lixiviáveis do solo, não devemos somar a exportação, visto que o incremento do seu teor é muito difícil (como exemplo, podemos citar: Nitrogênio, Enxofre e Boro).

E nós podemos te ajudar ainda mais nas tomadas de decisão para melhorias na sua lavoura! Conheça nossa calculadora interativa de Extração e Exportação de Nutrientes!

Referências Bibliográficas

MALAVOLTA, E., VITTI, G.C., OLIVEIRA, S.A.  Avaliação do estado nutricional das plantas, princípios e aplicações. 2.ed. Piracicaba:POTAFOS, 1997. 319p.

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